VIDA DE ORAÇÃO
Como vivo minha espiritualidade? A vida espiritual, é o ser humano em sua vida interior, animado do Espirito de Deus!
Palavra da Madre
30.09.2021 21:29:50 | 4 minutos de leitura
Como vivo minha espiritualidade? A dimensão espiritual ou mais precisamente a vida espiritual, é o ser humano em sua vida interior, animado do Espirito de Deus! O nosso batismo é o ponto de inicio de toda a espiritualidade cristã que se funda na Trindade. O Espirito Santo nos é dado pelo Pai, pelo Filho num amor de ternura ao ponto do Filho morrer por nós pecadores e nos alimentar. O salmo 8 por sua vez, canta o poder do homem sobre os seres que o cercam: “que é o homem para dele recordares? E o filho do homem para que dele tenhas cuidado. Mas como retribuir ao Senhor por tanto bem que me fez?” Como diz Santa Teresa D’Ávila “o essencial não é pensar muito, mas amar muito” talvez nem saibamos o que o que é amar, o que não me espanta. Não consiste o amor em ser favorecido de consolações. Consiste sim, numa total determinação e desejo de contentar a Deus em tudo, em procurar o quanto pudermos não ofende-lo e rogar-lhe pelo aumento contínuo de honra e glória de seu Filho. Rezar é muito mais do que pensar; é cultivar um relacionamento com Deus. A santidade não consiste simplesmente em seguir os mandamentos, mas em aumentar o meu amor para com Deus! Para ser Santo é preciso progredir no amor, e este por sua vez, cresce quanto maior e mais frequente é a oração que se faz. A realidade do amor está no fundamento da oração. Embora isso seja óbvio, olhando para nossa vida espiritual, nem sempre encaramos desta forma. As vezes pensamos na oração mais como um dever do que como um ato de amor. A oração não é um artificio para nos livrarmos de Deus, trata-se sobretudo de um ato de amor! Quando se fala de amor, é importante não confundir com um certo “gosto” na oração. Como diz Santa Teresa: “Não consiste o amor em ser favorecido de consolações”. É possível colocar-se diante de Deus em um período de grande aridez, a oração terá muito mais valor do que no período de consolações inclusive. Jesus com a samaritana diz: “Se conhecesses o dom de Deus... se alguém tiver sede venha a mim e beba!” Deus quer dar uma água viva para saciar o coração humano. A vida de oração só vai acontecer se nós abrirmos o coração a esse dom de Deus! Além disso, a vida de oração depende fundamentalmente da virtude da humildade. Recorda o catecismo da Igreja Católica: “A humildade é o fundamento da oração. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração.” O homem é um mendigo de Deus. Não é possível apresentar-se diante de Deus com soberba, pois, Ele “resiste aos soberbos”, mas dá a sua graça aos humildes. Ao mesmo tempo, Deus chama a todos a contemplação da grandeza de sua vocação à santidade, à grandeza de alma, à virtude da magnanimidade. A um olhar desatento, essas duas virtudes podem parecer contraditórias, mas, não são. Qual o sentido de orar se não somos capazes de nos dobrarmos a Deus a quem oramos, então qual o sentido de orar? Nós não oramos para mudar a vontade de Deus, ao contrário, oramos para alcançar aquilo que Ele nos ofereceu, mas que só conseguiremos por meio da oração. A oração não é para mudar a vontade de Deus , orar é para que ela nos mude. O orante não pode se fixar no passado, agradecendo, ou no presente, louvando, mas, seu olhar profético enxerga e contempla o futuro. Maria contempla o futuro, algo extraordinário acontecerá com o seu sim. A nossa oração é fermento escondido que vai transformando o futuro; somos semeadores, o orante não se preocupa em fazer a colheita, mas sempre em lançar as sementes abundantemente, sabendo que elas dormindo ou acordadas, germinarão pela força que lhes é própria.
Fonte Madre Ir.Teresa Das Chagas